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Simpatias Para Resolver Problemas No Amor

Simpatias Para Resolver Problemas No Amor

Simpatias Para Resolver Problemas No Amor

Com boa fluência de Vênus e Marte, confira rituais que dão aquela força nas questões amorosas - Shutterstock 

© Fornecido por João Bidu Com boa fluência de Vênus e Marte, confira rituais que dão aquela força nas questões amorosas – Shutterstock

Quarta-feira é o dia da semana regido por Mercúrio e hoje o astro da comunicação, que também comanda 2022, fecha parceria com Netuno, deixando as ideias mais férteis e os dons criativos em destaque – é hora de dar voz aos próprios talentos! A imaginação flui solta, a intuição fica acesa e um clima de entrosamento permeia os contatos pessoais ou profissionais. Atividades que despertam o lado sensível, solidário e sonhador ganham evidência e interesses comerciais podem decolar.  

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Para deixar esse dia ainda mais especial, a Lua forma aspectos maravilindos com Vênus e Marte, trazendo um toque de magia e excitação para os relacionamentos.  Momento ideal para tomar decisões, iniciativas e resolver qualquer parada, principalmente nos assuntos do coração. Um astral receptivo, alegre e altamente sedutor deve comandar a vida amorosa, seja para quem tem um love, seja para quem busca a sua alma gêmea. Quer encontrar o crush perfeito? Presta atenção porque ele pode estar bem perto, meu cristalzinho!

E para aumentar ainda mais a sintonia com os assuntos do coração – e possíveis desafios neste setor – separamos algumas simpatias que podem ajudar a resolver qualquer perrengue com o mozão (ou com a falta de um). Bora conferir!

SIMPATIA PARA SER FELIZ NA PAIXÃO

Consiga reunir 7 chaves num mesmo molho. Embrulhe todas elas num pano branco e deixe no altar de uma igreja enquanto faz uma prece para São Pedro. Em seguida, pegue o pano com as chaves de volta, coloque-as em um chaveiro e carregue sempre com você. Elas ajudarão a abrir o seu coração para a felicidade na paixão.

AMOR NÃO-CORRESPONDIDO

Com 1 caneta vermelha, escreva o nome de quem deseja esquecer na sola dos seus pés e na palma das suas mãos. Coloque 2 litros de água (fervida e já morna) em 1 vasilha e junte 13 pedrinhas de sal grosso. Vá até o banheiro, sente no vaso sanitário ou num banquinho e, com a ajuda de uma esponja, esfregue o preparado nas mãos e nos pés, apagando o que escreveu. Reze 7 Salve-Rainhas, pedindo para Santa Rita de Cássia lhe ajudar a tirar essa paixão da cabeça.

ATRAIR UM AMOR

Fique em frente a 1 imagem de Santo Antônio, numa igreja ou na sua casa, e diga as seguintes palavras: “Meu querido Santo, interceda junto à Nossa Senhora, Mãe de Jesus, para que ela me ajude a arrumar um marido, assim como lhe foi arrumado José”. Reze, em seguida, 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria, reforçando seu pedido.

RECEITA DE UM NOVO AMOR

Faça um mingau com 1 colher (sopa) de maisena e 1/2 litro de leite. Despeje em 1 vasilha e coloque em frente de 1 imagem de Santo Antônio por 24 horas. Em seguida, acenda 1 incenso abre-caminhos (encontra-se em casas especializadas em artigo de umbanda) e reze 7 Pais-Nossos, 7 Ave-Marias e 7 Credos, pedindo que o Santo e o seu anjo da guarda, a ajudem a chamar a atenção do gato que quer como namorado. Tudo o que sobrar da magia, inclusive a vasilha, embrulhe em 1 pano branco e jogue em um lixo afastado da sua casa.

FORTALECER O AMOR

Compre 2 imagens: 1 de São Francisco e 1 de Santa Clara e coloque em um lugar especial do seu quarto, deixando ao lado delas 1 foto em que você e seu par estejam juntos e felizes. Pelo menos 1 vez por mês, acenda 1 vela branca aos 2 e faça a seguinte oração: “Abençoados Santos, que foram tão unidos, na dor, no abandono e lutaram sempre juntos, com força e devoção ao amor maior, ilumina nossa vida. Que juntos saibamos ser compreensivos, tolerantes e que consigamos respeitar um ao outro. Que a harmonia e o amor que nos une se fortaleça e se estenda a todos os que se amam. Obrigada agora e sempre. Amém”.

SABER SE REALIZARÁ DESEJO AMOROSO

Escreva em 1 papel um dos seus maiores desejos da sua vida afetiva. Dobre e coloque em um lugar onde ninguém o veja. Durante 13 dias seguidos, sempre às 6 horas da tarde, faça uma oração especial e espontânea a Santa Terezinha do Menino Jesus, explicando a ela a razão do seu pedido. Se dentro de alguns dias receber alguma flor, quer dizer que seu desejo será realizado. Mas lembre-se: ninguém pode saber sobre a sua magia e é preciso ter paciência, pois só Deus sabe o que é melhor para nós. Depois, jogue o papel no lixo.

VOLTAR COM ANTIGO AMOR

Acenda 1 vela vermelha, sobre 1 pires, ao lado de 1 imagem de Santo Antônio. Espere queimar até a metade e diga: “Santo Antônio casamenteiro, faz-me reconquistar meu amado, pois me sinto só. Seu poder é grande e sei que posso contar com a Vossa ajuda. Assim seja!”. No dia seguinte, acenda a metade restante da vela, repita a oração e deixe queimar até o fim. Jogue os restos da vela no lixo. Lave e volte a usar o pires como de costume.

ACABAR COM MÁ SORTE NO AMOR

Espete, em 1 maçã, 7 cravos-da-índia. Coloque no centro de 1 bacia e polvilhe sobre ela 7 pitadas de açúcar. Adicione 2 litros de água quente (previamente fervida) e deixe amornar. Então, tome um banho como de costume e, logo após, derrame o preparado da bacia sobre o seu corpo, do pescoço para baixo, pensando com fé que sua vida amorosa estará livre de qualquer mal. Jogue os restos do banho no lixo e reutilize a bacia depois de lavada.

ESQUECER AMOR NÃO-CORRESPONDIDO

Com 1 caneta vermelha, escreva o nome de quem deseja esquecer na sola dos seus pés e na palma das suas mãos. Coloque 2 litros de água (fervida e já morna) em 1 vasilha e junte 13 pedrinhas de sal grosso. Vá até o banheiro, sente no vaso sanitário ou num banquinho e, com a ajuda de uma esponja, esfregue o preparado nas mãos e nos pés, apagando o que escreveu. Reze 7 Salve-Rainhas, pedindo para Santa Rita de Cássia lhe ajudar a tirar essa paixão da cabeça.

FAMÍLIA ACEITAR O NAMORO

Numa vasilha que nunca tenha sido usada, misture 3 folhas de arruda e 3 de alecrim com um punhado de sal grosso e 2 gotas do perfume com essência de alfazema. Em seguida, junte 1 litro de água fervente, tampe e deixe descansar até ficar morno. Depois, acrescente 1 colher (sopa) de álcool utilizado na fabricação de perfumes. Coe esse preparado e coloque o líquido num vidro transparente para usá-lo sempre que começarem as discussões sobre o seu romance. Sua família começou a implicar com seu par, passe um pouco desse preparado nos pulsos, mentalizando que, a qualquer momento, tudo isso irá passar. Jogue as sobras da arruda e do alecrim no lixo.

ACABAR COM AMOR PLATÔNICO

Mantenha em sua bolsa um potinho (tampado) contendo a seguinte mistura: pimenta-do-reino em pó, coentro em pó e sal fino. Sempre que se lembrar ou encontrar quem você ama, jogue 3 pitadas do preparado por trás dos seus ombros. Em seguida, reze ao seu anjo protetor, pedindo forças para esquecer esse amor não-correspondido.

ACABAR COM PROBLEMA AMOROSO

Durante 3 dias seguidos, fique na frente da imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós e diga: “Mãe amiga e protetora, livrai-me de todos os nós e embaraços. Que eu possa levar uma vida tranqüila de cristão, para doar amor aqueles que de mim necessitarem”. Termine sempre a frase fazendo o Sinal-da-Cruz e rezando 1 Salve-Rainha e 1 Ave-Maria.

AFASTAR INVEJA NO NAMORO

Coloque num copo virgem 3 pedrinhas de carvão e 3 pedaços de comigo-ninguém-pode. Encha o copo com água e ponha embaixo da cama, na direção da cabeceira. Uma vez por semana, verifique se as pedras de carvão afundaram. Se afundarem, jogue fora o que está no copo e renove a simpatia. Se estiverem no mesmo lugar, deixe como está. Obs.: mantenha o copo embaixo da cama até sentir que o seu relacionamento amoroso melhorou. Depois, pode jogar os ingredientes no lixo.

AMOR ETERNO E SEM TRAIÇÕES

Para viver uma linda história de amor, compre 1 plantinha chamada boca-de-leão e, na terra do vaso, coloque 1 bilhete onde deve estar escrito o seu nome e o nome dele, acrescentando esta frase: “Eu (escreva o seu nome) quero que (escreva o nome dele) me ame eternamente, com obstinação e que nunca me traia”. A partir desse momento regue sempre a plantinha, que crescerá garantindo amor eterno e fidelidade ao seu relacionamento.

 RECEBER DECLARAÇÃO DE AMOR

Passe uma mistura de mel e canela em pó do lado esquerdo do seu peito, região do coração. Deixe o seu corpo com a mistura e peça para o anjo Gabriel fazer o seu amado se declarar. No banheiro, com um jarro, jogue água no seu corpo, do pescoço para baixo, dizendo: “Anjo Gabriel, assim como esse mel atrai as abelhas, faça com que ele atraia o meu amor para a minha vida”.

MENOS CIÚME E MAIS AMOR

Escreva o nome da pessoa em 1 pedaço de papel e coloque dentro de 1 copo com água e açúcar. Acenda 1 vela em 1 pires e coloque ao lado do copo. Reze para Santo Antônio para que ele troque o ciúme do seu amor por mais amor. Deixe o papel secar e guarde-o na sua carteira. Jogue a água na pia da cozinha, jogue o resto da vela no lixo e volte a utilizar o copo e o pires normalmente depois de lavados.

NUNCA MAIS LEMBRAR DO AMOR ANTIGO

Numa segunda-feira, às 6h da tarde em ponto, pegue 1 copo branco, virgem, cheio de água e despeje num vaso onde tenha alguma plantinha de cor roxa. Acenda ainda 1 vela, também roxa, e ofereça ao seu anjo da guarda, pedindo para esquecer de uma vez por todas do seu ex-amor. Deixe o material junto da vela até que ela se apague por completo. Só depois embrulhe tudo num jornal e jogue no lixo.

ROLO VIRAR NAMORO

Desenhe em um pedaço de papel rosa com uma caneta vermelha dois elos de uma corrente entrelaçados e, dentro de um, escreva “eu, (seu nome)” e, no outro, “quero namorar com (nome do gato)”. Dobre o papel em quatro partes e coloque-o embaixo do pires. Em cima dele, coloque a vela rosa e espalhe o punhado de açúcar em volta. Enquanto a vela queima, mentalize somente coisas positivas e peça para que o seu anjo da guarda ajude-a a conquistar de vez o coração desse gato. Quando acabar, jogue o resto da vela e o açúcar no lixo, coloque o pires para uso normal (depois de lavá-lo) e guarde o papel dentro de uma Bíblia.

SONHAR COM UM NOVO AMOR

Numa sexta-feira, pegue 7 pedrinhas na rua de sua casa e embrulhe-as num pedaço de pano branco. Coloque esse pacotinho embaixo do seu travesseiro, dizendo assim: “Meu querido anjo da guarda, que eu consiga sonhar com um novo amor para que a minha vida se torne mais feliz”. Deixe-o lá por três dias e três noites. Passado esse tempo, enterre tudo num vaso florido.

NOITE DE AMOR INESQUECÍVEL

Embrulhe 1 fotografia do seu amado em 1 lenço vermelho. Na noite anterior à transa, coloque 1 anel debaixo do seu travesseiro, junto com o embrulho. Antes de dormir, diga 3 vezes: “Cigana do amor, ajude-me a ter uma noite linda ao lado de (fale o nome do parceiro). Que ele me satisfaça assim como eu o satisfarei”. Depois da transa, coloque a foto dele em 1 porta-retratos em seu quarto. O lenço e o anel podem ser usados como de costume.

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Larissa Nacif

Conheça as melhores combinações amorosas para Leão

Há quem diga que Leão é um dos signos mais fortes de todo o zodíaco . De fato, ser comandado pelo Sol, que é o astro principal não só do nosso Sistema Solar, como também da astrologia, faz com que os leoninos apresentem uma força maior do que os outros.

COMO SERÁ O SEU DIA HOJE? DESCUBRA TUDO NO HORÓSCOPO DIÁRIO ! LÁ TEM TODAS AS TENDÊNCIAS ASTRAIS PARA O SEU SIGNO!

Apesar de serem bastante independentes e autossuficientes, eles também têm seus momentos de carência e precisam sempre de presença e afeto por parte do parceiro ou do contatinho. Por isso, decidimos analisar quais outros signos podem conquistar o coração de Leão – já que a tarefa não é mole não! Confira!

Áries

Quando Áries e Leão se juntam para um relacionamento amoroso, as faíscas voam, viu? Ambos os signos pertencem ao elemento fogo: apaixonados, dinâmicos e colocam a competição no topo. Há muita ação nesse relacionamento: os dois querem ser líderes e os problemas podem surgir quando seus egos igualmente desenvolvidos falam mais alto. Esse casal tem admiração e respeito genuínos um pelo outro, mas precisam aprender a revezar no ato de dar e receber, mesmo quando estão apenas escolhendo um filme para assistir.

Gêmeos

Leão e Gêmeos, quando se unem para ser um casal, possuem um relacionamento brincalhão e bem animado, caracterizado por atividades leves e sempre divertidas. Gêmeos prospera com o estímulo mental – mas, pode ser atraído pelo espírito criativo e dramático de Leão. Tudo é sempre intenso entre os dois. No entanto, pode haver sim problemas entre os dois se Leão levar a natureza extrovertida e sedutora de Gêmeos muito a sério, ou se o geminiano achar que Leão quer manter o controle total no relacionamento. Porém, apesar das diferenças, os dois signos se admiram muito.

Libra

O relacionamento amoroso entre Leão e Libra possui uma união agradável desde o início. Os dois signos experimentam uma profunda compreensão do funcionamento interno um do outro quando a energia limitada de Leão se mistura com o senso natural, bem espiritualizado e harmônico de Libra. Esse é um relacionamento que tem muito romance e pode ser de grande equilíbrio. Libra e Leão são ambos reservados, diretos e pacíficos. Eles podem desfrutar de um relacionamento muito bom , já que cada um pode apreciar e se beneficiar dos atributos positivos do outro.

Sagitário

Na união de Leão e Sagitário, o resultado pode ser sempre fogos de artifício, em todos os sentidos. Ambos são extremamente dinâmicos e aproveitam a vida ao máximo. Esse casal é cheio de vida e é muito divertido estar perto e sair junto com eles. Um encoraja o outro a ter ambição na vida e os dois possuem admiração e respeito genuínos um pelo outro.

Aquário

É outro signo que combina muito com Leão. Quando eles se unem, a fusão de parceria energética é imparável. Embora possam ocorrer competições ocasionais, nunca há um momento de tédio entre o casal. São muito agradáveis e prezam pelo bom relacionamento. Ambos têm uma tendência a ser idealistas e altamente motivados, são atraídos por todas as coisas novas e são caçadores de emoções.

As Irmãs Meireles E O Futuro Da Humanidade

Em anos e anos de Feira da Ladra, uma das recordações mais dolorosas que aí tive foi ver um dia, espalhado pelo chão, o espólio restante de uma das irmãs Meireles. Fotografias, álbuns de recortes, programas musicais, papelada vária, tudo esventrado, ao desbarato, sem que uma autoridade ou entidade da cultura tivesse o cuidado de deitar a mão, em devido tempo, àquele património todo, que bem mereceria ser guardado em arquivo histórico ou mostrado em museu condizente.

O ano passado, no Rio de Janeiro, faleceu uma delas, Milita Meireles, nome artístico de Emília Augusta Meireles de Jesus, e do trio, ao que sei, resta apenas Rosária, ou Rosália. Hoje quase esquecidas, as lendárias irmãs Meireles, os “Rouxinóis de Portugal” ou “Rouxinóis d”Além Mar”, além de vedetas maiores da canção portuguesa nos anos 40-50 (v.G., “Josezito”, “Pardalito que Saltitas”, “Bola ao Centro”), tiveram projecção enorme do lado de lá do Atlântico, num tempo em que as relações com o Brasil eram, a todos os níveis, mais pujantes, serenas e descomplexadas do que nos dias de hoje.

As manas são evocadas num livro formidável acabado de sair, da autoria de Luís Trindade, Silêncio Aflito. A sociedade portuguesa através da música popular dos anos 40 aos anos 70 (Tinta-da-china, 2022), uma extraordinária digressão pela cultura popular de massas no Portugal do pós-guerra que destaca a influência poderosíssima exercida pelos Estados Unidos nesses anos, com o Plano Marshall, os filmes de Hollywood e a promessa de um mundo radioso, feito de bens de consumo que, dizia-se, iriam tornar a vida mais fácil e mais colorida, mais feliz em suma. Coisas que hoje temos por adquiridas e mais do que triviais, como colocar as compras num carrinho de supermercados, eram tidas por inovações extraordinárias e dignas de assombro: em 1961, um delicioso anúncio da marca de conservas de carne Aveirense falava de sacos de plástico e de “um sistema de vendas, tantas vezes divulgado nos filmes estrangeiros, e que consiste na utilização de cestos ou carros de transporte, nos quais se colocam os artigos escolhidos, sem intervenção de empregados, pagos, à saída, em caixas registadoras, e entregues aos clientes em sacos de fácil transporte”.

Revistas extremamente populares como Século Ilustrado e Plateia espiolhavam à minúcia as atribuladas vidas amorosas e os frequentes divórcios das grandes estrelas de cinema, como Ava Gardner, Cary Grant ou Rita Hayworth, e acompanhavam, com discrição e distância, o caso Rossellini/Bergman, entre outros escândalos. A intimidade assim gerada com as vedetas de Hollywood, convertidas em pessoas “muito lá de casa” (J. Bénard da Costa), fazia com que as suas atitudes e os seus padrões de comportamento se tornassem, eles próprios, mais familiares e corriqueiros para todos.

Se a censura e os bons costumes impunham uma condenação das liberalidades americanas (um artigo de 1950 do cineasta Augusto Fraga falava no “mal de Hollywood” e anotava, alarmado, que só em 1948 teria havido 264 mil divórcios nos EUA), as coisas começaram a mudar quando vedetas tidas como modelos de moralidade optaram também pelo divórcio. Um caso paradigmático foi o de Deborah Kerr, que ao fim de décadas de um matrimónio aparentemente sólido decidiu separar-se do marido e pôr fim a um casamento que, segundo ela, não a fazia feliz. Na imprensa portuguesa da época, o que antes fora descrito como um sacrilégio ímpio, era agora apresentado como uma opção razoável e aceitável, feita em nome de direitos que o próprio cinema popularizara, o direito à felicidade e ao amor. No imaginário colectivo, um casamento – qualquer casamento, não apenas o das estrelas da 7ª Arte – deixava aos poucos de ser entendido como a união eterna de duas pessoas para a satisfação de necessidades básicas de procriação ou de economia comum para passar a ser, ou dever ser, um espaço de realização mútua e de felicidade pessoal, consensual. A normalização do divórcio não foi apenas, como é óbvio, um produto de Hollywood: a melhoria das condições de vida no pós-guerra, o aumento dos padrões de bem-estar e de conforto material e a entrada das mulheres no mercado de trabalho impuseram transformações que, entre nós, só ocorreriam em boa parte após o 25 de Abril. As mudanças de mentalidades, porém, tinham ocorrido nas duas décadas anteriores, rompendo as barreiras da censura e do moralismo estadonovista, num movimento em que o imaginário de Hollywood e a cultura americana tiveram um papel fundamental (outro exemplo notável foi o da reconfiguração do lugar dos jovens, com a “juventude” a deixar de ser uma mera idade da vida para se converter num grupo social com aspirações e reivindicações próprias: por muito que custe aos franceses, o Maio de 68 muito deveu a James Dean e a West Side Story).

As irmãs Meireles e o futuro da Humanidade

© Ilustração Vítor Higgs

Em Irresistible Empire. America”s Advance through 20th-Century Europe (Harvard University Press, 2005), Victoria de Grazia descreve a profundidade da hegemonia alcançada pela “democracia comercial” norte-americana, e as resistências que isso gerou na Velha Europa, levando até àquilo que Jean-François Revel definiu um dia como uma “obsessão antiamericana”. Sartre chegou a afirmar que “os americanos são fenomenalmente estúpidos”, uma das muitas frases estupidamente fenomenais (e xenófobas) que proferiu na vida. No mesmo registo, um diplomata inglês snobe, referindo-se à modernidade dos Estados Unidos, observou com desdém que “uma coisa é canalização, outra civilização”.

Sem dúvida, a América é uma nação carregada de problemas, das torturas de Abu Ghraib a Guantánamo, passando pelo fundamentalismo da direita religiosa, a pena de morte, o fosso crescente entre ricos e pobres, as desigualdades sociais e raciais gritantes, a violência policial e a pulsão das armas, os encarceramentos em massa. Mas, apesar de tudo isso, a América é, goste-se ou não, uma democracia robusta, uma terra de liberdade, uma federação de sucesso que, enterrada a Guerra Civil, conseguiu o módico de paz interna que lhe permitiu crescer económica, social e culturalmente até converter-se num império. A Rússia, um país imenso com gigantescos recursos naturais e humanos, falhou nesses planos todos: na democracia, na liberdade, na integração pacífica dos seus diversos territórios e várias nacionalidades.

Reconhecer o êxito da América não significa fazer-lhe o louvor acrítico e, muito menos, desculpar-lhe os muitos defeitos. Contudo, antes de culparmos a América por tudo o que de mal ocorre no mundo, deveríamos pensar se nós, aqui na Europa, temos tido a atitude certa na defesa dos nossos próprios valores e interesses. Ao fim de poucos dias, a guerra da Ucrânia mostrou urbi et orbi que, durante anos, a Europa se colocou numa dupla dependência: dependência energética da Rússia, pois não cuidou de diversificar as suas fontes de abastecimento e de encontrar fontes de energia mais limpas e renováveis, e, por outro lado, dependência militar da América, pois não tratou de investir na sua própria defesa. Espantosamente, surgem agora vozes a contestar o “imperialismo” americano e o seu “domínio da NATO” quando foram os americanos que, ao longo de décadas, insistiram para que a Europa se defendesse melhor e de forma mais autónoma. Quer dizer, a Europa passou anos e anos a viver e a consumir à larga, com energia barata e sem gastar em armamento, e agora, no seu seio, alguns ainda têm o supremo desplante de se lamentarem do “imperialismo americano”, o qual só existe porque assim deixámos e nos acomodámos, como nos acomodámos a um imperialismo bem pior ainda, o da China (em Portugal, não deixa de ser curioso que nos sintamos muito confortados por não dependermos do gás e do petróleo russos, isto quando vendemos a EDP e a REN aos chineses: no passado mês de Fevereiro, dias antes de a Rússia invadir a Ucrânia, a Three Gorges reforçou para mais de 20% a sua participação no capital da EDP e, desde 2012, a maior accionista da REN, com 25% do capital, é a State Grid, cujo presidente é o secretário do partido comunista na empresa).

Reconhecer a fragilidade em que a Europa se colocou não significa, de modo algum, resvalar num americanismo acéfalo, longe disso, pois, nas últimas décadas, os EUA cometeram três grandes erros, pelos quais o mundo ainda hoje paga e pagará muitíssimo. O primeiro, o maior de todos, ocorreu em Novembro de 1989, quando a administração Bush (pai) bloqueou um acordo internacional no qual 67 países se comprometiam a reduzir 20% das emissões de carbono até 2005, uma decisão desastrosa de já aqui falei (“Entre a catástrofe e o caos”, Diário de Notícias, 22/1/2022) e que impediu que, quando ainda havia tempo, se tivesse evitado o cataclismo climático iminente. O segundo erro, também colossal e de grande alcance, com efeitos directos na crise de 2007-2008, consistiu na revogação, feita em 1999 pelo Presidente Clinton, do Glass-Steagall Act, a legislação aprovada por Roosevelt em 1933 no rescaldo do crash de 1929, e que regulava os mercados financeiros e a autofagia do capitalismo. O terceiro grande erro, também tremendo, foi a suposição de que a interdependência económica levaria à interdependência política, ou moral, e seria, por si só, um factor de paz e até, com sorte, de promoção da democracia e dos direitos humanos. Foi isso que levou os EUA, em Novembro de 1999, a assinarem um acordo com a China para a entrada desta na Organização Mundial de Comércio, ocorrida em Dezembro de 2001, ou seja, não muito depois dos ataques terroristas às Torres Gémeas (uma coincidência, é certo, mas com bastante simbolismo). A “globalização” não levou a democracia e os direitos humanos a Pequim ou a Moscovo e, pelo contrário, o que permitiu foi à China aproveitar-se da liberalização do comércio para vampirizar a ciência e a tecnologia ocidentais e, graças a vários dumpings (social, ambiental, etc.), afirmar-se como uma potência económica e comercial, mas também geoestratégica e militar: de 2008 até hoje, o investimento da China nas suas forças armadas tem subido em flecha e só para este ano prevê-se um aumento de 6,8%.

Por outro lado, a ideia de que a “globalização” iria garantir a concórdia entre os povos acaba de ser desmentida há dias, com a invasão da Ucrânia pela Rússia (é preciso lembrar sempre isso: foi a Rússia que invadiu a Ucrânia, não a Ucrânia que invadiu a Rússia). Inebriado pela queda do Muro, o Ocidente optimista dos anos 1990 viveu na convicção ingénua da “Teoria dos Arcos Dourados”, de Thomas Friedman, a ideia de que dois países com restaurantes McDonald”s nunca se iriam guerrear entre si, ou seja, de que os benefícios da integração económica são tais que dissuadem os líderes de optarem pela força das armas. Nas páginas do NY Times, Friedman já reconheceu que se enganou e, na verdade, o facto de existir um McDonald”s em Moscovo não inibiu Vladimir Putin de invadir a Ucrânia. O facto de a globalização não ter sido um elemento dissuasor, coloca outra questão, essa ainda mais grave e perturbante: será que outros elementos dissuasores em que até agora confiámos, como o arsenal atómico e a destruição mútua, também falharão no momento decisivo de carregar o botão da bomba?

Nos últimos tempos, tem-se falado muito noutro erro histórico da América, relacionado com as promessas de alargamento da NATO nos anos 1990. Disse-se, inclusivamente, que teria havido uma promessa feita a Gorbachev, pelo secretário de Estado James Baker, de que a NATO não iria expandir-se para Leste um centímetro que fosse (“not one inch”). Num livro acabado de sair, Not One Inch: America, Russia, and the Making of Post-Cold War Stalemate (Yale University Press, 2022), Mary Elise Sarotte infirma por completo essa ideia de que tenha existido um compromisso com Gorbachev, mas salienta que, na altura, vozes experientes e autorizadas como a de George Kennan, entre outros, disseram que a expansão da NATO era “o maior erro da política americana em todo o pós-Guerra Fria”. Existiram, inclusive, projectos alternativos, como o da “Parceria para a Paz”, que Clinton e Iéltsin chegaram a acarinhar, mas que foram olhados com relutância por dirigentes como Lech Walesa e Václav Havel e que acabariam por ser abandonados seja por razões de política interna norte-americana (o escândalo Lewinsky e a ameaça de impeachment desviaram as atenções de Clinton da política externa), seja por motivos de política interna russa (o golpe de 1993 e a invasão da Chechénia mostraram a fragilidade da democracia pós-soviética e causaram alarme nos antigos países do Pacto Varsóvia). Contudo, não foi apenas a América a desinteressar-se da “Parceria para a Paz” e de iniciativas congéneres, foi também a Rússia a alhear-se delas, apostada em novas aventuras bélicas. Interessa também lembrar um ponto muito esquecido: a adesão dos Estados bálticos à NATO foi feita a troca de várias concessões de vulto – a entrada da Rússia no G-7 – e a troco de muitos e muitos biliões de dólares enviados para Moscovo (que, como é óbvio, acabaram direitinhos nos bolsos de Iéltsine e dos seus oligarcas).

Ainda há dias, numa interessante entrevista ao Público (de 31/3/2022), o ex-MNE Luís Amado lamentou a displicência com que os governos ocidentais trataram as preocupações de segurança da Rússia, temerosa de ter a NATO às suas portas, se acaso se desse a entrada da Ucrânia e da Geórgia na Aliança Atlântica. Porém, reconhecer a displicência do passado não é, nem pode ser, reconhecer que a Rússia terá agido em legítima defesa ao invadir a Ucrânia. É que, por muito legítimas que sejam as suas preocupações de segurança com uma Ucrânia na NATO, elas jamais justificam o recurso à força, sendo curioso ademais que tanto falem da NATO e tão pouco de Vladimir Putin, de quem é ele, do que tem feito em décadas de autocracia. O filósofo Slavoj Žizek, insuspeito de simpatias direitistas, já comparou a invasão da Ucrânia pela Rússia a um caso de violação (“Was Russia”s “rape” of Ukraine inevitable?”, Theory Reader, 25/2/2022). Na verdade, se tentarmos “compreender” a invasão da Ucrânia pelo facto de a Rússia se sentir “ameaçada”, seremos iguais àqueles que, nas situações de assédio, de crimes sexuais ou de violência doméstica, acabam sempre a culpar a vítima por andar de minissaia ou a explicar tudo pelo mau feitio do marido e pelos copos do agressor. O que há de implícito na “explicação NATO” para a presente guerra, no fundo, é isto: a Rússia é uma nação com maus vinhos e péssimos fígados, um urso que se sentiu acossado pela NATO e que, como tal, naturalmente, reagiu mordendo. Ora, se a Rússia terá motivos para recear a Ucrânia, também a Ucrânia tem muitos e bem maiores motivos para temer a Rússia, razões até mais fundadas, pois se virmos o histórico de uma e da outra é sempre Moscovo quem agride e ameaça, não o contrário.

Foi assim na Crimeia, foi assim no Donbass, é assim que está a ser agora, até com suspeitas fundadas de atrocidades bárbaras (impressiona que, mesmo perante os 300 mortos de Bucha, os nossos generais e comentadores pró-Putin não se demovam nem se comovam, não mostrem um pingo de humanidade e compaixão pelas vítimas, e continuem a insistir até ao fim nas suas descaradas mentiras. Porquê? Porque são, ou querem ser, “intelectuais”, e um profissional do pensamento está sempre muito mais interessado em fazer valer o seu ponto, o vigor do seu argumento, do que na sorte dos outros seres humanos. E as televisões, porque mantêm aqueles aldrabões nos écrans, com tantas mentiras sucessivas? Não é por defesa do “pluralismo”, não sejamos ingénuos, é porque às televisões só uma coisa interessa – as audiências -, o que mostra que as direcções das TV”s, à semelhança dos “intelectuais”, também pouco se compadecem pelo destino dos seus semelhantes).

Pretender explicar a invasão da Ucrânia porque o Kremlin se sentiu ameaçado pela NATO é justificar o recurso à violência e legitimar a guerra. Aliás, não deixa de ser curioso observar a contradição flagrante de um discurso que, por um lado, se proclama “amante da paz” e, por outro, procura “compreender”, desculpando-a, a agressão militar de um Estado soberano a outro. Mais ainda, e mais decisivamente: poderemos criticar muita coisa em Putin, mas nunca a falta de clareza; nas suas intervenções, nomeadamente no seu discurso-chave de 21 de Fevereiro, dias antes da invasão, Vladimir Putin não se limitou a atacar a NATO e a recordar os anos 90; foi mais longe, muito mais longe, e afirmou que “a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, ou, mais precisamente, pela Rússia bolchevique e comunista”. De um modo inequívoco, o ditador moscovita não legitimou a invasão apenas por causa da NATO e da ameaça do Ocidente, antes afirmou que a Ucrânia não tinha o direito a uma existência livre e soberana fora da órbita da Rússia (a Ucrânia “é uma parte inalienável da nossa história, cultura e espaço espiritual”, acrescentou). Aliás, quem duvida que, se as coisas lhe tivessem corrido bem no terreno, a Rússia não iria até Kiev para “desnazificar” o governo e destituir Zelensky, matando-o ou capturando-o? Quem garante que não é isso que Putin ainda pretende fazer?

É aqui que bate o ponto: dizer que a Ucrânia não pode, se assim o quiser, integrar a NATO é afirmar que ela não tem um estatuto soberano, livre e independente igual ao de qualquer Estado, como Portugal ou Espanha, ou agora a Suécia e a Finlândia, que já deram sinais de quererem entrar na Aliança Atlântica, sem que ninguém as tenha questionado ou negado tal direito, soberano e inalienável. Mesmo que, no decurso das negociações, e para acalmar Moscovo, a Ucrânia acabe por desistir da ideia da NATO, isso significa que Kiev está a admitir, expressa ou implicitamente, a sua natureza de Estado semi-soberano, só em parte independente e senhor do seu destino. Existirão motivos pragmáticos ou de realismo político para uma tal opção, mas nunca razões de princípio e de são convívio entre povos e nações que, por partilharem fronteiras, têm responsabilidades acrescidas na manutenção da paz. Ceder à chantagem de Moscovo poderá ser sensato e aconselhável, poderá ser até a única solução para garantir um cessar-fogo e poupar mais sacrifícios, mas não é um bom precedente para a paz no mundo. Significa, no fundo, que um país está condenado pela sua geografia, pelo azar milenar de ter um vizinho agressivo e violento que não tolera a sua existência e a sua liberdade. Será isso justo e correcto? Trará isso a paz tão almejada e sonhada?

Uma coisa parece certa, indesmentível: a Europa não tem moralidade nenhuma, nenhuma, para exigir que a Ucrânia se sacrifique até ao limite, nem para impedir Zelensky de celebrar um acordo que, na sua perspectiva, salvaguarde melhor os interesses do seu país e do seu sofrido povo. Chegaremos então a uma curiosa solução, talvez estranha, talvez bizarra: como a Europa não tratou da sua defesa, será a Ucrânia a tratar dela, servindo de “tampão” ou “escudo” às ambições expansionistas de Moscovo. Bruxelas poderá dormir descansada. Quanto à América, irá vender energia e armas à sequiosa Europa e enquanto isso, a Oriente, o panda comerá o urso, predando-lhe os vastos recursos. Quem disse que este mundo é justo? Respondam as manas Meireles, outrora tão aclamadas, hoje mais que esquecidas.

Historiador. Escreve de acordo com a antiga ortografia

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